Não diga do meu amor uma possessão
Nem o mito que eu mesmo não amo
Que de respeito e temores vãos
Não existe em mim essa comoção.
Há o respeito, o medo ao mito
Há a chegada à errada conclusão
Mas se não for amor, não sei porque me explico
Porque este mimo, esta imensidão.
Linda verdade que pode ser dita
E prazeroso assim o meu amor todo é
Não invisível, não anda escondida.
Ele é o mimo, um vagalume no escuro
Depois da chuva do que era duro
Depois da reza do terço o Bendito.
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