Sacrifícios de neon, brilhos fartos pelas torres molhadas
Edifícios Literais.
Abrigos, albergues imorais
Transeuntes irracionais, as puras, os padres e os ilegais
Solicitam sempre seu quinhão nas calçadas
Solicitam sempre seu quinhão
Somos caóticos e enfartados
Em meio a fumaça, buzinas e alarmes
Procurando vagas pra estacionar
Vasculhamos horizontes por sinais, praças e pontes
Esperanças vãs a nos guiar
Solicitamos sempre nosso quinhão nessa estrada
Solicitamos sempre nosso quinhão
Gritei para o mundo ,ningém escutou
Parece que nunca estiveram lá.
Vidros fechados, mundo isolado
Pessoas vazias, pessoas sem par
Criamos uma sociedade vira-latas
Esmurando em pontas de facas
Ensaiando maneiras de se dar mal
Entre asfaltos, becos e assaltos
Segue o sono desafinado
Ostentando o trono num lamaçal
Desconhecem sempre seu quinhão nessa farsa
Desconhecem onde isso vai parar!!