A RUA (Paulo Pellegrini, Alexander de Carvalho e Otávio Parga)
No texto, um pretexto louco ao ver que o mundo era pouco
Mas a rua era imensa
Nos olhos vermelhos de longe se via
Que a fantasia acabou na esquina
E na pele escura se via que escura era a rua
A quem o abriga
Na voz um grito mais forte
De quem vence a sorte e a morte
E não desanima
No incêndio frio o que mais se viu
Não foram gravatas
Lugar onde a noite não dorme
Também não se come
A cama é calçada
Na rua, improviso é sempre primeira instância
Há chuva ou sol, velho ou criança
Vale a lembrança da vida esquecida
Na esperança de um dia a gente se lembrar