Né nem se preocupar com a visão que eles têm
Pode pá, por aqui, esses bang vão bem mais além
As de 100 que vem, mas se não vem pra somar
Sem as conta no banco, mais tem conta no bar
Pra pagar ou dever, pra rangar ou beber
Chegar do trampo jogar, se lá quanto vai valer
Em casa chegar, nem ver o filho crescer
Mais tá de pé pra trampar, quando o sol nascer
Não deixou de sonhar, mas nem parou de viver
No jogo em que ganhar, é ter o que comer
Sem sensacionalismo, só geral entender
Que se fala mal na moral, cola no rolê
Bem pertinho pra ver, função de esquina
Governo prometer, mas só polícia propina
Vem percebe que não é, tudo como imagina
Mas vai saber o valor que tem quando pedimos mãos pra cima
Favela, a rua
As quebrada evoluiu, mas a luta continua
To de chinelo, bermuda, aba reta corrente
Os bagulho muda, mas os valores vão pra sempre
Você não entende né? Até ai tudo bem
Foda é rimar o cotidiano de onde não vai e quando vem
É pra buscar, é aqui sempre tem
Família, trabalhador e os homens de bem
Do bom do melhor, quilo ou grama saca só
Onde a trama é sem drama e a ação é sem dó
Na maior de menor missão ser patrão
É o rap reivindicava, saúde educação
Hoje a milhão, passou no corre por aqui
Não visitou os irmão, não desceu pra conferir
Eu parei refleti, demorô
Será que a missão falhou
O rap se formou, agora é universitário
Meus rap identidade, pros irmão sem o primário
Muito trabalho, responsa, honra, orgulho
Sei o que falo caralho, deixa eu pedir barulho
Favela, a rua
As quebrada evoluiu, mas a luta continua
To de chinelo, bermuda, aba reta corrente
Os bagulho muda, mas os valores vão pra sempre