No inferno agora caminham
Abandonados
Vendo o terror
Marcados pela dor
Com honra e fúria me ergo
Na descida ao Xibalbá
Tudo passa em ciclos infernais
A vida e a morte
A profunda dor da morte
De um punhal cravado no peito
Tudo passa
Criaturas disformes
Rostos de pavor
Seres doentios em profunda encantação
Ossos que se movem em profunda danação
Para além do rio de sangue
Nos caminhos de Akbal
Olhares insanos
Perdidos na escuridão
Segredos primordiais
Cravados nas rochas do templo
Santuário da morte
Forças telúricas e primordiais
Ixchel em transe celebra
Sacrifícios de sangue
No templo da morte
Em frenética dança ritual
Regentes do inframundo
Submundo nos ciclos da morte
Minha voz
Seu grito no tempo
Transporta sua dor
Vejo o Sol percorrendo as entranhas da terra
Expressões de augúrios
Diante o Jaguar
Renascemos a cada Lua
Como heróis ancestrais
Reis do Sol
Entronizados na morte