O que eu quero não consigo encontrar
No meu futuro eu não posso nem pensar
As tempestades são tão cheias de energia
Mas não compensam as recordações vazias
Hoje eu vou ver a Lua, mas ela não vai me ver
Vou poder sair na rua e não vou me esconder
Eu vou tentando voar por sobre o abismo
Vencer o tempo, a razão e o ceticismo
Das amizades tão caras e perdidas
Vou reciclando os alicerces de uma vida
Quem dera a Lótus me aceitasse em seus braços
Quem sabe a morte nos livrasse dos fracassos
Em meu caminho os espinhos são constantes
São cultivados numa alma itinerante
A flor que surge e já nasce embrutecida
A vida passa, vai seguindo apodrecida
E recicla toda a glória, as vitórias e a dor
Tantas derrotas, a esperança e o amor
Quem dera a Lótus me aceitasse em seus braços
Quem dera a Lótus