Desde pequeno nunca foi igual aos outros
Garotos do seu pobre bairro natal,
Passou a infância rápida e desordenada
E o futuro reservara um destino desleal.
Revolver plástico era o seu melhor amigo,
Tiros invisíveis pra cima da multidão,
Não quero ser tira, quero ser bandido,
Se a vida imita o vídeo, o vídeo imita a imaginação.
Como eu posso ser futuro,
Se ninguém sabe que eu existo,
Nesse quarto úmido e escuro
Só deus sabe porque eu não desisto.
Sou moleque pobre da periferia
E essa cara feia é minha garantia.
Sua bermuda suja, seu nariz escorrendo,
Permanecer correndo pro futuro não alcançar.
Não vou pra casa pra ver o meu pai bebendo
E minha mãe sofrendo sem saber como me sustentar