De repente parece que eu estou no meio de um formigueiro envenenado.
Fumaças, luzes, barulheira, grande confusão.
Um corre, corre, corre todo mundo, quanta coisa se quer ter.
É a cidade.
Na pressa de ganhar algum dinheiro
cada um corre se enforcando na gravata.
Vai se envolvendo e dá tudo de si. Vai acinzentando e fica na pior
Precisa de céu e sol
E o céu ainda é azul. Bosques e campos ainda são floridos.
Mais aqui e ali, quanta gente caçando cifrões.
Quantas mentes escravas de tubarões.
Assim não dá. Assim não vai dar.
E a criança na rua. Tão faminta, quase nua.
A criança que pede um pão, dá um sorriso e recebe um não.
Quem finge não ver é quem só quer ter o que ela não tem
Mas ela quer viver e mesmo sem ter, ainda consegue ser feliz.
Vamos melhorar, vamos compartilhar
Vamos revolucionar. Revolucionar e já.