Um chapéu desabado de água, barro, tempo feio,
Me aperta os tentos do barbicacho,
Varando o passo num paysandu...
A tropa segue galopeada,
Com os burros n'água bandeando o rio,
Com o frio no lombo, encarangando,
Coisa de "loco", nunca se viu...
(Peonada, é coisa braba
Nadar de poncho trocando orelha,
Ressabiando queixo de potro
Com o gado gordo bufando as ventas.) Bis
O cusco sempre na volta
Tenteando a bóia, sobra de fiambre,
Pão com matambre, batata doce
E um chibo bueno pro tira-gosto.
Um pingo manso de rédea
Me balda a sesta bocando o pasto,
Batendo casco de contraponto,
Pedindo toso pras camperiadas.
(Peonada, sempre que eu posso
Arranjo uns troços pra me entreter,
Encosto a cambona ao fogo
E um mate novo vem me aquecer.) Bis
Qualquer sinuelo, onde se apartam as reses,
(Às vezes, rondando a tropa,
A vida volta parar rodeio.) Bis