Na sombra abjeta e espessa das estradas
Vive o homem da terra adormecido
No horrendo pesadelo de um vencido
Entre milhões de células cansadas
Prantos sinistros! Loucas gargalhadas
Pavorosos esgares de gemido
E lá vai o fantasma embrutecido
Pelas sombras de lôbregas jornadas
Homem da terra! Trágico segredo
De miséria, de horror, de ânsia e de medo
Feito à noite de enigma profundo!
Anjo da sombra, mísero e perverso
És o sentenciado do universo
Na grade organogênica do mundo
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