Aos teus pés, meu Jesus, a vida inteira
Abrasada de amor eu viveria
Sorvendo a luz no cálix da harmonia
Em paz serena, eterna e derradeira!
Por teu amor, Jesus, inda quisera
Volver ao pó da carne dos mortais
Para cantar a terna primavera
Do teu amor nas lutas terrenais
Depois da treva espessa da amargura
Para exaltar as luzes que me deste
Na cariciosa e doce paz celeste
Meu tesouro de fúlgida ventura
Para contar tua bondade imensa
Aos meus irmãos, os homens pecadores
Mergulhados na noite da descrença
Nos abismos dos males e das dores
Para falar a todas as criaturas
Da tua alma esplendente de bondade
Afastando as amargas desventuras
Do coração da pobre Humanidade!
Aos teus pés, meu Jesus, a vida inteira
Abrasada de amor eu viveria
Sorvendo a luz no cálix da harmonia
Em paz serena, eterna e derradeira!
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