tenho a obrigação de respeitar
talvez a única pra manter a minha ordem
manter eu sendo
quero seguir grudado
me afundar em sol
descobrir o que há além
se atrás de nuvens eu
procuro um cristal
pra ver se apagado
viajo anos-luz
suporto à mim mesmo, covarde
obrigo o meu ser a ver o que há aqui dentro
que dois sóis iluminam luas, planetas e vidas
mais que um, sozinho, destinado
ao desatino. um barco não ancorado
febril, é o corpo que se ama
gentil, é o ego que nunca devora
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