Vou guardar você nas cartas, versos, poemas, canções
Vou deixar portas abertas pras estrelas, constelações
Me guiarem pela rua, até achar , sozinha
Tua alma em carne fraca
Vou sorrir pro teu retrato, gasto, rasgado e sem cor
Vou tentar chorar de menos, menos rancor sem esquecer a flor
Que floriu na lua plena, vasta, serena
Derramando branco amor
À espera do outono, do estio, do vento, do alento
Do rio, do tempo , do amor , meu grande amor
Vou bordar minha saudade, tecer num véu, a tarde alaranjada
Nas labaredas o silêncio arde no olhar, no fim da madrugada
Lágrimas de sol deságuam por nós assim
No rio que invento agora em mim
Á espera do outono, do estio, do vento, do alento
Do rio, do tempo, do amor, meu grande amor