O vento na saia dos meses
E telefonema
Eu minto, eu minto mil vezes
Parece cinema
Eu finjo uma tosse não fosse a tua voz
Do outro lado
De novo essa coisa no peito
Dói um bocado
Nos filmes romances fugazes
Se tornam eternos
Teu nome, escrito a lápis
Ficou nos cadernos
E a gente jogando conversa
Em becos escuros
Medindo palavras, tijolos
Para aumentar o muro
Eu falo do trabalho que surgiu
Você da velha blusa que tingiu
Meu bem, a gente também fala de política
É, mas nos falta ética
E o mundo, e o que é o mundo
Que cabe na história?
Senão algum ponto de nossa
Louca trajetória
Me diga 'boa noite' e desligue
Antes que eu enlouqueça
Arranje outro amor, outro caso de amor
E me esqueça...