Eu vim roubado da minha terra
Eu vim sem roupa, realeza
A fome a bater
Descalça e a corrente a me marcar
Vejo ao meu lado os filhos a temer
Na fresta eu olho a luz do céu
Com a mão no chão eu oro em yoruba
Cheiro de angústia balançando ao leu
Madeira e sal empesteiam este lugar
Tudo a mexer, a embrulhar
Suor a descer, viagem a levar
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