Desde os tempos de moleque os shows de punk eu frequentava
Ficava lá atrás quando a coisa esquentava
Era pequeno, fraco e magrelo
Se me metesse em merda entrava no chinelo
Passados alguns anos fui num show de skinhead
Num buraco de rato que a perigo fede
Tomei coragem, entrei numa rodinha
Mal sabia o tamanho da burrice minha!
Soco na costela, bica na canela
No meio da porrada eu grito: "Mamãe!"
Murro na barriga, eu nunca fui de briga
Deus do céu... cadê você, mamãe?
Fiquei tão transtornado com tanta porradaria
Que me matriculei numa academia
Puxei ferro e comi ovo cru
Quem se meter comigo vai se arrepender
Agora novamente já estou aqui na pista
Hoje é thrash metal e a banda é nazista
Achei que agora ia ser diferente
No primeiro acorde lá se vai meu dente!
Cadê meu dente?!
Pé no tornozelo, caio de joelho
Mal consigo te chamar, mamãe!
Jogado nesse chão, pisoteado sem perdão
Acho que esse é o meu adeus
Mamãe