Ditinho era um moço pobre, muito honesto e competente
Era pequeno e franzino, porém tinha o sangue quente
Ele namorou uma moça filha de um homem valente
Era um grande fazendeiro e um tipo diferente
Tinha estatura tamanha parecia uma montanha, bem mais monstro do que gente
No dia que os dois jovens resolveram se casar
Ditinho por ser direito com o velho foi falar
O velho lhe respondeu, devia lhe castigar
Um nanico igual você, de mulher não vai tratar
Depois teve um pensamento consentiu o casamento só pensando em se vingar
No dia do casamento chegando a hora marcada
O fazendeiro maldoso reuniu a jagunçada
Deu a ordem e foi dizendo tomem conta da empreitada
Quero ver lá na igreja uma perfeita cilada
E no final da questão quero ver defunto anão, sejam firmes na emboscada
Na hora do casamento foi chegando a cabroeira
Mais ditinho era nortista lutador de capoeira
Lá na porta da igreja foi aquela barulheira
Ditinho ganhou a luta só no braço e na rasteira e do velho quis saber se era luta pra valer ou se era brincadeira
O velho se desculpou, é uma prova que eu faço
Pra casar com filha minha tem que ter peito de aço
Mais é que o futuro genro também tem força no braço
Ponha logo as alianças, quero ver os dois no laço, o velho falou depois homem grande não é dois pequeno não é pedaço