A poeira não deixa você nos ver
Mas estamos aqui
Os gritos não deixam você nos ouvir
Mas estamos aqui
Mergulhamos na escuridão
Sem saber se iremos voltar
Pois sabemos que na escuridão
Muitos estão a nossa espera
Espera de salvação
A espera de uma palavra
Mas não há palavras
Não, não, não.
A morte de inocentes
A morte da inocência
Apenas ódio sobre ódio
Ódio suficiente para apagar o sol
Uma única pergunta toma o ar
Por quê?
Eles perguntam por quê
Deus, por quê?
Eu já vi outros mundos
Outros universos
Já caminhei com Deus
E chorei com anjos
O que dizer as crianças?
Que o mal é um rosto feio e deformado. Não
O mal é o pensamento por trás do rosto
Que pode ser como o nosso
Porque nossa ansiedade de gritar
É maior que nossa vontade ouvir
Somos humanos eméritos
Morrendo imersos em nossos próprios dejetos
Vivemos no silencio da consciência
No estrondo da demência
Somos a voz que diz: toda guerra mata inocentes
No céu somos estrelas decadentes
Mas estamos aqui agora com vocês
Estamos aqui
Hoje, amanha e sempre com vocês.
Estaremos sempre aqui
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