Eu sou o atalho de todas as grandes estradas
por onde passei
Das vilas pequenas cidades por onde andei
Herança de casos passados, migalhas do pão consumido
Eu sou a metade de tudo que você tem sido
Nas ruas num sol de dezembro
eu sou o farol e a contra mão
Da flor que carregas no peito
Simples botão
Sou parte maior desse germe
que prolifera e contamina
Querendo construir morada em você menina
Doce menina, doce menina
Eu sou uma parte do pó
Que compõe a estrada de terra
Você é água cristalina lá no pé da serra
Retalhos de noites vividas
num albergue, pensão ou motel
mostrando caminho seguro
Um jeito de céu
Eu sou uma parte da noite
que entra no dia no alvorecer
Você é a semente de tudo
Eu vivo a partir de você
Eu sou uma parte da noite
que entra no dia no alvorecer
Você é a semente de tudo
Eu vivo a partir de você
La la la la ra la ra la ra la ra la ra la