Eu nunca suspirei
Nunca te adorei
Eu nunca quis saber
Eu nunca te quis bem
Eu fingi ter prazer, gritei, pus-me a gemer
Mas nunca desliguei pensei sempre em sair
Fugir, ir-me encontrar com estranhos nalgum bar
Gozar, rir-me de ti.
Agora ele:
Eu nunca suspirei
Nunca te adorei
Eu nunca quis saber
Eu nunca te quis bem
Mais que a um saco de prazer
Um bicho de salão com modos de pavão.
Pensei em passear-te por galerias de arte
Na trela como um cão.
Um vício um precipício - cio.
Foi tanta porcaria tornou-se natural
E por toda a cidade fez-se prática normal
Falar dos velhos tempos com grande exaltação
Encher de fancarias a má decoração
Tantos verões de amor azul como na televisão
Eu era uma princesa actriz.
Eu era um rei feliz.
Mente ao antigamente mente
Contente e constantemente
como antigamente.