MAR!
Tinhas um nome que ninguém temia
Era um campo macio de lavrar
Ou qualquer sugestão que apetecia...
MAR!
Tinhas um choro de quem sofre tanto
Que não pode calar-se nem gritar
Nem aumentar nem sufocar o pranto...
MAR!
Fomos então a ti cheios de amor!
E o fingido lameiro a soluçar,
Afogava o arado e o lavrador!
MAR!
Fomos então a ti cheios de amor!
E o fingido lameiro a soluçar,
Afogava o arado e o lavrador!
MAR!
Enganosa sereia rouca e triste!
Foste tu quem nos veio namorar,
E foste tu depois que nos traíste!
MAR!
E quanto terá fim o sofrimento!
E quando deixará de nos tentar
O teu encantamento!
MAR!
E quanto terá fim o sofrimento!
E quando deixará de nos tentar
O teu encantamento!
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