Quantas vezes eu tive que ressuscitar?
Pra ver o mal que você me fez
Sentir o grau de minha estupidez
De achar que tudo ia bem às claras
De achar que tudo ia bem às claras
Por mil anos eu tive que me condenar
Beijar o chão em que você dançou
Pois não vingou
Sobre o humano amor
Tesouro que me valeu em cara
O dedo na ferida não sossega
O dedo na ferida não...
“Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que joana a louca de espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei”
Por mil anos eu tive que me condenar
Beijar o chão em que você dançou
Pois não vingou
Sobre o humano amor
Tesouro que me valeu em cara
O dedo na ferida não sossega
O dedo na ferida não...
Faz do teu rumo minha pensão
Pra mim que estive às margens dos teus risos
Leva nas tuas tralhas minha bragas
Que acordar desse tamanho desencanto
Eu vou-me embora pra pasárgada
Eu vou-me embora pra pasárgada
Eu vou-me embora pra pasárgada
Eu vou-me embora pra pasárgada
“É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei”
Faz do teu rumo minha pensão
Pra mim que estive às margens dos teus risos
Leva nas tuas tralhas minha bragas
Que acordar desse tamanho desencanto
Eu vou-me embora pra pasárgada
Eu vou-me embora pra pasárgada
Eu vou-me embora pra pasárgada
Eu vou-me embora pra pasárgada