A saudade é posteira
E inverna meu silêncio
Aquerênciando o que penso
As sombras da solidão
Se as coisas do coração
No campo fundo de mim
São em sonhos porque assim
A saudade é posteira
A saudade é posteira
Recorrendo campos vagos
Rondândo ânsias que trago
Em vigílias madrugueiras
Nas toadas guitarreiras
Pampeano destino ausente
Que pega o matear silente
Quando a saudade é posteira
Não vou me apegar a tristeza
Dos meus olhos de cacimba
Nem vou curar as feridas
Nestas cismas inverneiras
Contraponteando a chaleira
Que canta ao calor das brasas
No posto longe das casas
A saudade é companheira
A saudade é posteira
Recriando estes momentos
Apartando os sofrimentos
De outras tantas emoções
Me atenha as divagações
Alheio ao mundo real
São meus olhos de água e sal
Que doce meu coração
A saudade é posteira
Encerrando sentimentos
Encilhando cá por dentro
Pra sangrar velhas basteiras
Esbarrando na porteira
Pra não cabrestear na estrada
Quando chega a madrugada
A saudade é posteira
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