Eu não sei se a nuvem vai desabar
Sob o Céu da tua realidade
Vento forte que plantaste no olhar
Trouxe chuva, fez-se tempestade
Coração deserto vira metade
Não se deixa o amor a revelia
Não se joga ao mar a pescaria
Não se impunha uma canção
Afogando a inspiração
Não se vai ao sol sem melodia
Não tem luminosidade
A luz que dá maldade irradia
Bem maior do que nossa vontade
O que nasce termina
E o que chamam de felicidade
Segue com a ventania
Se o escudo da nossa verdade escondia mentiras
Foi melhor o inverno chegar
E cobrir nossos dias
Por isso vou me consolar
Desvendar
Ir de encontro e não difamar a vida
Ver de novo meu Sol, nuvem negra afastar
Se meu destino é reconquistar
E me encantar
Por isso sou pescador, sonhador
Condutor, artista!
Ter a minha canção flutuando no ar
E ir se espalhar na brisa