Nem todas as pessoas são estrelas
Mas todas tem seu próprio brilho
O carbono pode ser carvão ou diamante
Mas a vida, independente de onde venha, a vida é sempre brilhante!
Quem dá corda no mundo? Faz o globo girar?
Lubrifica a engrenagem, pra isso aqui funcionar?
Gente desconhecida, josés, marias
Celebridades do dia-a-dia
Pessoas reais, normais, de um brasil
Que teu cabral ainda não descobriu
São faces, sem faces, mas que tão de pé
Até o meio dia só com um pão e um café
Trampando no posto sem nunca ter um carro
Construindo as casa e pagando aluguel
Asfaltando as rua, morando no barro
Existindo além dos números do excel
Na humilde, bem simples, sem seguidor, sem fã
Salvando o mundo um pouco a cada manhã
Hé a vida acontece na fila do pão ou do ônibus
E os personagens principais são anônimos
Somos um zilhão de estrelas impossíveis de contar
Cada história tem seu brilho e ninguém pode apagar
Onde quer que esteja fica acesa em cada olhar
Olhar, olhar
Porque uns tem que brilhar e outros tem que pulir?
Porque uns tem que trampar e outros só refletir?
Com quantos pobre se faz o horário nobre?
E um rico aqui é feito de quantos pobre?
Quantas histórias que você conhecia
Daria um filme e até uma biografia
Mas gente sem fama a mídia não cultua
Num vira estátua, nem nome de praça ou de rua
É esse povo que guenta, sustenta isso aqui
Vértebra por vértebra sem deixar cair
Fazem da coragem espinha dorsal
Eles são a real coluna social
Somos um zilhão de estrelas impossíveis de contar
Cada história tem seu brilho e ninguém pode apagar
Onde quer que esteja fica acesa em cada olhar
Olhar, olhar