Costumes passados em aceitação
Aves rumo ao sul, um ar em sanção
Palavras rebeldes à imperatriz
Sem confissão das trevas que fiz
Enquanto teu cheiro desgruda minha mão
As costas do tempo marcam minhas maçãs
Como se o mundo importasse desde então
Quando olhos sucintos choravam em mim
Já não basta mais
Tentar de novo, o que me traz?
Senão um jarro em lágrimas?
Do barro ao meu querer
Um oleiro celestial?
Amar não cabe em mim
Amor não vale assim
Dez vidros quebrados em mutilação
Pardos a dormir, em filmes de ação
Sentados de frente ao que o líder quis
Sem emoção, romântico que se diz
Enquanto teu corpo não toca o chão
As ventas do vento marcam minha eva
Como se a vida cortasse o meu sermão
Quando a alma perversa ría-se enfim
Já não choro mais
Gritar de novo, o que me traz?
Senão um livro em lástimas?
Das notas, bem dizer
De um amor tão bestial
Amor não cabe em mim
Amor não vale assim