Quando as luzes da cidade se apagaram
Meus olhos começaram a brilhar
Pela vertente de água que escorria
E você não soube estancar
Por um segundo eu estava certo
Do que havia descoberto
Quando a solidão atravessa a parede
Do quarto do vigésimo andar
A luz se apaga e no teto
Ficam palavras que insistimos não falar
Por um segundo eu estava certo
Da existência do côncavo e do convexo
Que um dia você afirmou:
Cada qual tem seu lugar
Não me deixe sem resposta pra pergunta que eu não fiz
Este soro de respostas que insiste em pingar
Durante estas horas tortas
Que meu relógio insiste em marcar
Assim como a água corre no rio
Sou seu mar