Letra e Musica: marquinho Vanzin
O silêncio da noite reluz a calmaria
No horizonte escuto o remanso das águas
Que correm nas veias entranhadas no Pago
Rolam corredeiras formando cascatas
Belos mananciais com água cristalina
Que cruza entre as pedras cortando caminhos
Levando consigo a mais pura beleza
Nessa natureza construí o meu ninho
Rio Grande Terra abençoada
Por ti soltamos a voz
Rio Grande terra de guerreiros
Que morreram peleando por nós
Em noites de chuva o tempo se alvoroça
Trazendo mais forte o ruído dos rios
Relâmpagos se cruzam riscando o horizonte
Clareando o pago em noites de frio
Os ventos que sopram um triste abandono
Se adentram nas matas num trote sem fim
Parece os assombros do velho guardião
Estouros de galhos, cipó e guamirim
Tropas de gado que berram ao relento
Fazendo cantigas no seu rodeial
Os sapos-martelo em meio ao capim
Gorjeiam suas lástimas no banhadal
Os contos do ontem que contam agora
Ficou na lembrança de algum ancestral
Trazida por livros de lendas e histórias
Escondida na glória de algum general.