Emílio e Clarisse
De cabelos jogados castanhos escuros
Olhar apaixonante castanho escuro
O jovem Emilio tocava violão e cantava suas músicas
Os olhos dela mostravam que era japonesa
Mas o resto mostrava que era brasileira
A menina Clarisse era amiga de todos e escrevia poemas
Se disser que não
Pode ser
Talvez
Mas os dois se conheceram numa exposição de arte
Conversa vai conversa vem
Ela se interessou e ele também
O amigo de Emilio fez bem em apresentar os dois
Clarisse desenhou um coração
No pescoço de Emilio
E aí então eles trocaram contato pra poder se ver depois
Se disser que não
Pode ser
Talvez
Mas os dois se beijaram pela primeira vez
Na festa de uma ex e vizinha do Emilio
E Clarisse morava a duas horas e meia dali
Na cidade dele eles foram ver o "Teatro Mágico"
Na cidade dela eles saíram pra passear no pátio
Ela conheceu seus pais e irmãos
Ele conheceu sua mãe e avó
E o irmão e o primo que também tocava violão
Se disser que não
Pode ser
Talvez
Mas Clarisse se mudou pra oito horas dali
A distância começou a os separar
E Emilio começou a namorar
O romance pra ele acabara no momento da partida
Já que saudade deixa marcas
Clarisse começou a escrever cartas
E Emilio, largado que era, respondia quando dava
Se disser que não
Pode ser
Talvez
Mas os dois se encontraram pela primeira vez
Depois de quatro meses sem se ver
E era páscoa e os dois brincavam de lambuzar a cara
E foi um beijo de chocolate
Que fez Emilio se apaixonar novamente por Clarisse, menina nipodescendente
Mas agora foi a vez de Clarisse namorar alguém
Chamava Emilio também, mas seus gênios não batiam
E passaram-se oito meses
Trocando cartas, telefonemas
Musicas e poemas
E os dois solteiros
O amor fortalecendo
E a saudade triturando o peito
Emilio então largou a escola no meio de vestibular e provas
Pra fazer uma surpresa pra Clarisse às 2 horas da madrugada
E preocupado ele não estava nada
E Clarisse não esperava
Mas quando o viu ela quase chorava
E essa é só mais uma historia de amor
E se vai durar, essa é a única certeza em mim
Só não lhes conto o resto porque nem sei dizer
Pois afinal ninguém conhece o próprio fim