Um lençol branco coarando lá em cima do morro zomba
da passeata em desfile lá de baixo
Como os garotos vindos de colégio público
Zombam do dia que a vida decidir e somente a rua vai ensinar
Os tambores vão falar e rezar e brincar
Construindo a identidade
Que meu pai me passou e meu filho passará
Para amar coisas tão simples
Temos que ser mais que eu e você
Ver o impacto sem adormecer
Pra depois nos deitarmos juntos
Sob o sol que de trás da torre vem
Tanta gente sem rosto
Populares lajes e quintais
Viram mestres sufocados pelo estereótipo pesado do local
Mães de leite lutando para alimentar a sua crença
Como páginas de um livro xerocado à força
Mas quando o básico do mundo fica raro
é que vemos melhor nossas paixões
Os tambores vão falar e rezar e brincar
Construindo a identidade
Que meu pai me passou e meu filho passará
Para amar coisas tão simples
Temos que ser mais que eu e você
Ver o impacto sem adormecer
Pra depois nos deitarmos juntos
Sob o sol que de trás da torre vem