Franklin Mano - Folga de Mim Songtexte

Cineticamente estranhamente
Inerte Down...
O Ipiranga no Arpoador
Diamantina no Recife Antigo
E eu fora de mim...

Desconectado do Real
Plugado nos mil volts de Ilusão
Overdoses seqüenciais no corpo
E a alma livre em meditação...

Nas mesmas paralelas tropicais
Surreais, inquietas em transição,
Que me trazem ao mesmo ponto de referência
De íntimos fugazes separados
Que estão em pontos opostos
Na mesma rota de fuga em colisão

Reviravolta no sistema
Mudanças no papel das instituições
Resistência de Coco de Tebei
Lutando contra o tempo em Tacaratu
São novos pecados digitais
Boatos sem fundamentação
Prosa experimental
Peça de teatro sem script
Revolução na involução
A contemporaneidade dos Traços de Oriana Duarte
O movimento nobre em movimentação
Heterossexuais preconceituosos que se conjugaram
Uma volta às origens egípcias
E a homoafetidade praticaram...

Sigo desconectado do Real
Plugado nos mil volts de Ilusão
Overdoses seqüenciais no corpo
E a alma livre em meditação...

Distante do mundo real,
Das crises de mercado,
Dos partidos de direita e de esquerda,
Das tensões políticas.
De recursos estatais,
Discursos de Deputados Federais.

Vínculos empresariais,
Instabilidade no comando,
Burocracia!

Acionistas metas e cotas,
Sócios majoritários versos minoritários,
Pane coorporativa!
Câmbio flutuante,
Reforma no setor financeiro.
Empresas Estatais ?Privatizadas?.
Economistas que duvidam,
Outros que acreditam de mais.
Fé para uma economia tímida,
Problemas com o superfaturamento,
Com o rombo no orçamento.
Empréstimos...
Saldo negativo!
Superávit e Déficit na balança de recursos livres,
Manipulação no canal comercial.

Distante do mundo real,
Da vulgaridade do carnaval,
Dos jornais deários,
E revistas semanais,
Dos programas de tevê,
Dos best-sellers mais vendidos,
Da audiência livre.

Distante do mundo real,
Da disputa pelo lucro da fé,
Da doutrina evangélica à tradição católica.
Longe da burguesia que não tem poesia.

Distante do mundo real,
Longe mais que tudo,
No avesso, no oposto,
No intervalo de um intervalo.

Nada de vestibular, faculdade ou concurso público,
Nada de compras nem de contas pra pagar.
Livre da escravidão do trabalho e do patrão,
Dos impostos e da inflação.

Livre dos meus vícios e virtudes,
Dos crimes de guerra,
Das partidas de futebol,
Do atacante marcado do centroavante recuado
Das crianças que cheiram cola e fumam no sinal.

Nada disso faz sentido,
E tudo perde o sentido quando estou
A um passo de me encontrar...

Seringas vazias pelo chão
No ar ecoa a voz de Cristo
O labirinto, o refugio, o engano,
O ponto de fuga, o equilíbrio a salvação,
Em conflito interno e externo
Minhas virtudes e vícios...

E sigo desconectado do Real
Plugado nos mil volts de Ilusão
Overdoses seqüenciais no corpo
E a alma livre em meditação...
Dieser text wurde 105 mal gelesen.