O brilho de um farol
Fará o meu forte escuro findar
A luz de um arrebol
Arrebentando os meus pontos no ar
As flores da estação
Estacionarão nos campos do céu
Concretizando o chão
Pisarei gotas molhadas de mel
Meus olhos verão mais
Verão além dos deuses dos quadros vitais
Minh'alma espelhará
E quebrará em pedaços de espessos vitrais
Um corpo branco de luz
Banqueteando o que mais me seduz
Um livro de mil cordéis
Cordas de ouro cortando os anéis
A vida e sua expansão
Explodindo em lavas de vulcão
Queimando as costas do mar
Tirando a pele na carne do olhar
Mas o pano cobre o furor
Do firmamento que firme e forte chegou
E o solo se soltará
E solidificará o que tenho a chorar
Deixa a luz do farol guiar teus passos
Pelos espaços no ar
Deixa a brisa que vem da maré
Te arrastar pra dentro do mar (uô uô ô ô ô)