Do colapso, do inferno, dos restos humanos nas ruas, no xadrez
Da preguiça, fadiga, da falta de interesse impregnada em você
Do sangue frio, da cara de derrotado escondida na tela até as seis
O mundo acabando e babaca esperando pelo feriado outra vez
Chega o desespero
Exala o seu cheiro
Mostra a desgraça
Rasga o seu peito
E o cara no ponto de ônibus, olha só o que ele fez
A senhora assustada, apavorada, ninguém chega perto, nem vem
Do alto do telhado o juízo perdido, o diabo que o homem não vê
No senado, espalhados rindo da sua cara, fodendo você outra vez
Chega o desespero
Exala o seu cheiro
Mostra a desgraça
Rasga o seu peito
Vem o desespero
Te tirar de casa
Arranca suas atas
Ergue o seu queixo