Por teu nome perguntei
Uma vez e outra mais
A velar teus lindos lábios
Que tiravam minha paz
Vi trejeitos em sorrisos
Nos olhos, leve brilhar
Pedi de novo teu nome
E vi o tempo parar
Neste âmago ilusório
Contive em mim o anseio
Não foi ferido o silêncio
Entre o querer e o receio
Ficaram versos guardados
No interior do pensamento
Solitários e indecisos
Pulsando junto do tempo
A voz que canta milongas
E acalanta corações
Se calou por teus encantos
Pra dar ouvido às razões
Os dedos que arpejam notas
A tocar por meus apelos
Emudeceram sentidos
Por não tocar teus cabelos
A lua grande prateava
As folhas dos arvoredos
E no breu da noite escura
Bastaram meus os segredos
Embriagado de afetos
Cuidando o céu estreleiro
Cevei um mate em recuerdos
Pra me fazer guitarreiro
Pareceu passarem horas
Como num sono profundo -
Mas despertei num lampejo
Após uns poucos segundos
E pra quebrar a quietude
Do silêncio que se fez
Ao retomar a consciência
Pedi teu nome outra ver
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