Não é bretão
Nem mangalarga ou campolina
Nem andaluz, mustang ou quarto-de-milha
E ninguém sabe me dizer o que ele é
Mas eu não troco nada
Pelo meu cavalo pangaré
O meu vizinho diz que o bicho é trotão
Que montar nele
É o mesmo que bater feijão
Que não é baio, nem é pampa ou alazão
É côr de burro quando foge
E que não vale um tostão
Mas eu não ligo
Eu gosto dele como é
Amigo velho companheiro
Meu cavalo pangaré