Nos meu olhos eu coloquei asas
e joguei no céu para te espiar
fui tão longe mas tão longe
que só no mundo dos tristes
entendí o que é o Amar
Mas, meu violão sorridente ainda resiste
coloquei voz nas asas das borboletas
que ao teus ouvidos espalham cores
que dizem sem fim o quanto te amo, e busco
nas ruas as sombras do meu chamar-te mais louco
Eu subirei os degraus das estrelas
depositando as rosas do meu amor por ti
no altar que te levantei na lua,
para que as noites te soprem inteira
o querer mais dos meus pedidos
e se cubro a nudez morta pela solidão
no desaparecimento anônimo
pelo oceano-selvagem
é que despedí o passado dizendo adeus ao trem
e faço do amor a só maneira do te entender