Quem é ela?
É um ser humano
Oprimida, reprimida, inibida!
Ofendida, agredida, submetida!
Essa história teve um início
E por isso pode ter um fim
O objetivo é liberdade
Uma totalidade chamada felicidade
Mas no reino do dinheiro e do capital
Há pobres e ricas, aliadas e inimigas
Por isso existem as mulheres reformistas
Por isso o homem é a imagem do mal
Desde o nascimento
O que se faz com ela é doutrinamento
Para a beleza e a mesa
E não para a ação e o enfrentamento
Ela também reproduz o que combate
O homem induz e não aceita empate
Mas eles são diferentes e iguais
Mas elas também são desiguais
A sociedade impede o desenvolvimento
Do seu potencial
Isso provoca o retraimento
E dentro de si gera o mal
Ilusão, destruição e corrupção
Por dentro e por fora
A sombra cresce no seu interior
O que resta é a reprodução e a dor
O sofrimento dela
Gera o sofrimento dele
Alguns deles são responsáveis
Estão “bem” e são execráveis
Ela está presa na torre de um castelo
E não virá nenhum príncipe encantado
Para libertá-la, amá-la, dominá-la
Onde há príncipe, há reinado
Onde um reina, ela é escravizada
Trocar de castelo é apenas troca
Mudar de posição nenhuma mudança provoca
Só individual e parcial, mesmo sendo rainha
A autolibertação é o que importa
A união entre ele e ela
Sem conflito, opressão e competição
Será possível quando surgir uma nova era
Quando houver transformação, revolução, sexual, social
Ela é um mistério
Diz um homem sério
Mas não há segredo
O que existe é medo