Durango Kid - Ritual Natural Songtexte

Domingão, duas da tarde, mó bafo
Noite muito longa, eu sem saco
Mas tá safo, faço
Ritual natural
Pra amenizar o estrago
Sofá, isqueiro, cigarro
Primeiro trago...

Abalos sísmicos,
Furacões, erupções.
Abalo cínicos,
Com a fumaça que me alivia as tensões,
Não que seja anestesia,
Tipo Cartola e suas canções,
É o que deixa a mente fria
Enquanto busco soluções.
Exalo de ímpeto,
Vibrações, sensações.
Num estalo límpido,
Rio da graça vazia das ilusões
Transmitidas noite e dia,
Em pc's, rádios e televisões
Perfumo o ambiente, esvaziando os meus pulmões
Adolescentes, mães de família, anciões
Viram só clientes, na mira de supostos vilões
Eu? Entro na fila, pra sensimila compra
Mas ae, só não vacila pois vários vão querer te lombrar
Se marcar, ligam pros vermes, pra aparecer, se mostrar
Quer saber? Já passou da hora de nós incendiar
Valores entranhados pra causar atraso
Seres controlados confabulam o próprio arraso
Senhores ganaciosos nos olham cheios de descaso
Nos humilham, nos exploram, e ainda julgam raso
O poço de nossa antiga sabedoria, eu extravaso
Na batida, microfonia contudente
Transformando rapidamente
Com versos que saem da minha mente
A tarde ensolarada e quente
Na noite calada e fria
Não é magia, é consciência que contagia
Atitude ,resistência
Disposição e fé na luz que me guia

Explosão de sentimentos, versos no dialeto
Idéias em propagação, racham o chão
Desabam o teto
O alicerce social estremece, com o papo
Pesado e reto, Gotam C.R.U. pesado e reto
Rimarx - pesado e reto
Explosão de sentimentos, versos no dialeto
Idéias em propagação, racham o chão
Desabam o teto
o alicerce social estremece, com o papo
Pesado e reto, Gotam C.R.U. pesado e reto
Rimarx - pesado e reto

De neurose em neurose me crio
Coco lotado, bolso vazio
A chapa tá quente, meu peito tá frio
Lei da selva sendo seguida a fio
Vento sutil soando assuvio
Afio a mente, sarcástico e seco sorrio
De beco em beco sombrio, me guio
Velocidade e cadência
Pela cidade verbal deliquência
Sociedade em plena decadência
Falência geral, seja interior ou capital
Trabalhador passa mal
Menor rala no sinal
Pra cheirar cola no final
Sem nem conhecer escola municipal
Te pedirem esmola ficou normal
É pra passagem, salva um real.
E a Ong faz campanha contra a fome no natal?!?!
Mas é a crise da bolsa que tá na capa do jornal
Banqueiros em desespero
Quebra do mercado financeiro
Empresário, otário, vende veleiro
Gabeira fala, nunca fui maconheiro
Ganha cinco malas cheias de dinheiro
Segue sangrando meu povo guerreiro
Quem sai lucrando é o patrão estrangeiro
No mundo inteiro miséria cresce, pouco a pouco
Nos matamos como loucos

Explosão de sentimentos, versos no dialeto
Idéias em propagação, racham o chão
Desabam o teto
O alicerce social estremece, com o papo
Pesado e reto, gotam C.R.U. pesado e reto
Rimarx - pesado e reto
Explosão de sentimentos, versos no dialeto
Idéias em propagação, racham o chão
Desabam o teto
O alicerce social estremece, com o papo
Pesado e reto, gotam C.R.U. pesado e reto
Rimarx - pesado e reto

Falam em revolução,
Mas na prática, nunca vi
Praticam ostentação
E dizem que a babilônia vai cair
Ganância, ambição,
Corrupção em abundância
Arrogância, distorção dos valores
Já na infância
Luto, mantendo distância dessa podridão
Junto, com quem se expressa com o coração
Luto, pra que dinheiro deixe de ser o centro da questão
Fiz luto pelos que se foram sem passar em vão
Fico puto ao ver o Che na camisa de um vacilão
Explosão de sentimentos, versos no dialeto
Idéias em propagação, racham o chão
Desabam o teto
O alicerce social estremece, com o papo
Pesado e reto, gotam C.R.U. pesado e reto
Rimarx - pesado e reto
Explosão de sentimentos, versos no dialeto
Idéias em propagação, rachão o chão
Desabam o teto
O alicerce social estremece, com o papo
Pesado e reto, gotam C.R.U. pesado e reto
Rimarx - pesado e reto
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