Nesse vale da sombra da morte
É bom não contar com a sorte
Porte um terço pra que isso possa
Te tornar mais forte
Fode com tudo que te enfraquece
Ou faça uma prece
A escolha é sua, pense bem
Só peço que se apresse
Sem olhar pra trás
Eu vou seguindo cautelosamente
Pois o mal é sorrateiro
E quer penetrar a minha mente
Madrugadas calmas e pensamentos inquietos
Pesadelos, insônia, neurose, impeço que
De mim, cheguem mais perto
Sou escroto mesmo, melhor que falsa simpatia
Resultado de quem atura desaforo todo santo dia
Cerberus pelo no caminho? cada cabeça, eu decapito
A cena é violenta? vai, muda de capítulo
A minha sessão, eu mesmo faço, doutor
Pra ficar pagando hora, minha grana já acabou
Eu já tô quase um Rick Grimes, oh dó
Se a vida é um jogo, vence quem blefa melhor
Deleto do falso pensamento, mano
Falsos sentimentos, planos
São tantos daqueles que eu não fui
Pelo menos são muitos, os mantimentos, mano
Redenção que eu tô, então vamo
Vontade de viver que me conduz
A farsa que passa, sensação de faça farsa
Forja e amassa cara
De quem só fala, fala, fala e não me deixa falar
Não olhe pra trás se o passado foi tão sem graça
Sem nada pra lembrar, sem motivos de arriscar
Demorô? silêncio na sala, negócios à parte
Porque vagabundo mistura tudo que vê nessa trip
Que chega maior do que Marte
Pois cheguei sem alarde
E nisso fica tal impasse
Tô entre mil putas
E tretas que exigem
Um pouco mais do que mostra o encarte
A capa é mera aparência, haa
O interior é um vazio sem essência
A capa é mera aparência, haa
Se liberte da sua própria decadência