Eu vou tentando andar só de baixo para cima
Que de cima para baixo assim eu não me safo
A tentar limar os ataques na esgrima
De rima para rima de bafo para bafo
Neste pequeno espaço onde circula o tubarão
Andam à procura do nemo
Se é para fazer rap só com uma maraca na mão
Deixa estar que eu desenmerdo-me
Aquilo que eu herdo é tristeza
De a minha avó não ver crescer o neto
Deitada na cama daquele hospital
Já sem ver o céu só rezava para o tecto
Afecto não falta, desde fedelho que nunca faltou
Não piso a ribalta, parto os joelhos a quem diz que o dillaz a pisou
Mandaram mau olhado mas não me acertou
Aposto que a moca me causou estrabismo
Chamaram-me cão mas quem me atiçou
Morreu sem ver marcas no seu organismo
Não sabias que eu e rap só temos contacto por espiritismo
A meio da noite eu levanto-me da cama a dama até me acusa de sonambulismo
Diz-me tu, porque é que criticas fazendo como por lazer?
Tantas maldades e barbaridades que a tua boca anda a dizer
Tenta acalmar o teu estado
Que há muito sentado no banco do réu
E tu ai pausado com o teu gang falso
Vai acabar descalço e com a picha ao léu
Há quem te esfaquei-e por um béu
Há quem queira ter uma casa, levantar um véu
Agradece pelo pitéu
Respeita a cerveja para o chão e um bafo para o céu
Querida tira esse teu robe
Nao é preciso um blow job para subires no piso
E não me venhas chamar filho da puta
Que já sabes que o dillaz é um filho da peace
E quantos esperam o meu deslize?
Quantos disseram que eu disse?
Pediram please
Para aparecer a pausar e dizer a cantar tudo isso
Quantos mamaram no pisso?
O feitiço dos haters que andam à beira de morrer
Fazem com que sejam 5 da manhã e eu não consigo adormecer
Só oiço uma voz a dizer, dillaz?
Se é para escolher entre o rap e a vida
Leva-me a vida que o rap faz falta
Em mim bate como catamina
É ele que ensina é ele que me exalta
Mas há malta que anda a tentar raptar a vertente
Para tentar vende-la na televisão
E duma maneira pouco inteligente
Ficaram na montra pra esposição
Mas dillaz tu pxxxxt
”Tens a noção que com essa dicas tu tas a ser mau como as cobras?”
Mas dillaz tu pxxxx
Tu tens a noção de quantos rappers trabalham nas obras?
Não venhas dizer que te matas e esfolas
Com cara de assustado e com a mão nas bolas
Que eu já vi que passas-te no swag e chumbas-te na knolege
Chamam artistas para encher casotas
Mas estão a cagar-se para aquele que lá toque
Queres baixar o preço? Arranja uma nova
Eu tenho a fofa em casa à espera do envlope
Chama-lhe esforço, chama-lhe sorte
Andar nao meus planos
Ja me disseram que eu ando a galope
Como andaram os meus primos à uns anos
Estão de fininho e estão danadinhos para me verem cair
Não me ponham na boca do povo que eu não vejo lobos
Só cães a ganir
E no dia que o meu barco afundar, tu podes gozar
Tu podes falar que eu não me aflijo
Porque se eu fui um senhor no luxo
Eu vou ser um senhor no lixo