Não venho La de Corrientes
Nem das nascentes de São Tomé
Sou vizinho da fronteira
Sou missioneiro de Caibeté
Me sinto dono do mundo
E num segundo, m'nha alma voa
Se um chamamé vem à tona
Me vou de carona pra terra boa
Sou herdeiro deste chão
Foi lá no Capão, terra onde eu nasci
Nunca fujo da peleia
Pois tenho nas veias, sangue Guarany
De vez em quando a saudade
Meio por maldade, vem me visitar
Agarro meu violão, me vou pro capão
Pra saudade matar
Se ainda vivo gauderiando
Não sei até quando, como um desgarrado
Um dia sossego o pito e vou morar sozinho
Num rancho barreado
Mas se alguma querendona
Resolver ser dona do meu coração
Vai ficar melhor ainda, nas tardes infindas
La do meu capão