É fim de mês, guaiaca esta recheada
Vou pra o surungo para ser feliz
Chego e me agarro com a china lindaça
É na fumaça que enfio o nariz
Vou no balcão e peço um trago forte
Hoje eu mando a tristeza a la cria
Só quero mesmo entrar nesse entrevero
Sentir o cheiro de pele macia
Golpeando, queixo duro, o mês inteiro
Não sobrevivo sem estes surungos
Sou peão de estância tenho alma e desejo
E um simples beijo abre portas pra o mundo
Nunca gostei de baileco ensebado
De cola fina envolto em carapuças
Eu gosto mesmo é de uma oito-baixo
Nesse compasso a indiada escaramuça
Minha liberdade nunca teve preço
Hoje estou aqui, amanha noutra querência
Monto no flete e desapareço
Nem compadeço se chorarem minha ausência