Quatro cores que dizem tantas coisas
Tantos rostos e tantos corações
Quantas casas e quantas vidas pobres
E ricas de amores e ilusões
Quatro cores que marcam uma estrada encharcada de lágrimas de dor
Quatro cores da injustiça
Daquele menino na esquina
Daquele mendigo a pedir, a implorar
É um verde de matas desmatadas
Ou é o verde de espécies em extinção
Ou é o verde corrupto das gravatas, dos partidos da próxima eleição
Ou é o verde miséria que corrompe, e instiga no peito a ambição
Que compra um voto e depois, paga só um saco de arroz
Paga nada pro muito da população
Eita povo forte pra aguentar o peso que faz tanta exploração
Eita povo lindo que sorri pra prosseguir com o violão
Com a noitada e com amor no coração
O amarelo do ouro é roubado pro luxo de quem já tem demais
O amarelo dos poucos que tem muito, e dos muitos que pedem nos sinais
O amarelo burguês que é o lastro, acumula quantias colossais
Tirando o leite do filho da gente
Obrigando o pobre inocente
Um caminho de pedra traçar, se humilhar
Eita povo forta pra aguentar o peso que faz tanta exploração
Eita povo lindo que sorri pra prosseguir com o violão
Com a noitada e com amor no coração
E aquele azul tão limpo dos teus céus
Já não existe mais
Já disse há um tempo atrás
Um sábio cantador
E esse branco que você traz
Só pode ser a paz
Que o povo alimenta com os carnavais
Eita povo forte pra aguentar o peso que faz tanta exploração
Eita povo lindo que sorri pra prosseguir com o violão
Com a noitada e com amor no coração