Ansiais, talvez por escassez, mi'a é liberdade
Essa que sendo reles, macabra a divindade
Vos negai, sequer em dor, iníqua existência
Tão e sombria, porem acolhedora, senhora "Demência"
Atrevei-vos, Oh, "Rainha", por entre moribundos
Sobre um tão decaído mundo de meros mortais
Oh sim… de meros mortais…
Devorai-lhe a carne, condenada por ancestrais
Mensageiro, oh vindouro de desgraças
Seus Antebraços envoltos em esbeltas asas desfiguradas
Subtis os sussurros maliciosos, invocando o senhor dos horrores
Vestindo em nós as trevas, laivos esses tão ensurdecedores
Ajoelhai-vos perante Dom Inferno
Ave Perdição
(Jaz dormente a mente, herege
Vossa Salvação)
Língua essa, que me serpenteai oh demo
Tão engendrada, enganadora
Sobre sangue outrora puro, inocência encantadora
Aliciais assim, vil diabo
Ingénuo e caótico, teu hoje, Anjo negro do pecado"
"Desliza mão vostra (m'ia), possessa d'alma ainda que cruel quão delicada
Ao percorrer ténue, a infinda pele, por vós não amada
Impulso dócil, um olho pela não transparência…
Apoderais-te de mim (apoderar-me de ti), com tamanha insolência"
Impludais-me de um só e apenas desejo
O de te ter em mim (anseio)
Talvez por preencher odiosa a alma, carne seminua
Devorar satisfação, horrivelmente tão nossa e crua"