Fala pra mim de quanto
Precisa pra passagem
Posso te dar um apoio?
Uns goles de cachaça?
Está tão frio aqui fora
Não quer dormir na minha baia?
Fala que te quer bem
Venha me dar um abraço
Esses ombros cansados
Carregam o mundo todo
E se contenta com pouco
Porque pouco é o que há
Se o ócio é prejuízo
Quem será que perde ao descansar?
E num sonho delírio
Crio meu caminho
Vamos beber na rua
Vamos morar na praça
Vamos fazer fumaça
Sem usar gasolina
Vamos fazer a faxina
Que a cidade é nossa
E no garrão da terra
Sangue, suor e mate
Não há nenhum combate
Que não se faça interno
Não há nada mais moderno
Que o nosso passado
Temos as duas mãos
Temos ambas as vias
E só haverá saída
Se o trabalho unir
Gira roda da história
Chega com novos ciclos
Renascidos
De ruínas
E vai adiantar tu se esquivar
Ou se esconder
De um pássaro de luz
Que te transpassa o ser?
Vida velha e descompassada
Que fique para trás
Quebrando a casca
Um novo mundo se faz
Vamos beber na rua
Vamos morar na praça
Vamos fazer fumaça
Sem usar gasolina
Vamos fazer a faxina
Que a cidade é nossa
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