Tu anda pela rua
E olha ao teu redor
Tu teme alguma coisa
Não quer admitir
Que essa insegurança que tu sente
Não vem bem do delinquente
Mas de quem deveria proteger
Mira que ironia
Alimentamos uma cria
Que depois vai nos morder
Um pai autoritário
Um cinto sempre em mãos
Um bispo incumbido pela santa coerção
A minha liberdade é aliada e
Ela existe independente de qualquer declaração
Quem nos dá direito são a terra, o céu e o sol
E o bombear do coração
Todos nascemos livres, dizia o iluminês
Enquanto assinava e declarava novas leis
Como é que vai haver o livro arbítrio?
Se a sua própria essência está enclausurada em livros?
Ordem e progresso são duas cantilenas
Cantadas no compasso das algemas
Quem é que dá poder pra dinossauros de Brasília
Interferirem dessa forma na tua vida?
Interferirem dessa forma na tua vida?
Interferirem dessa forma na tua vida?
E tu que veste a farda
Se pergunta alguma vez
Se é realmente o povo que tu serves ou talvez
É apenas um comando em ação
Daqueles eles que não ligam nem pra nós nem pra vocês
O repressor e o reprimido
Tem os mesmos instintos de violência no seu ser
Tu anda pela rua e olha ao teu redor
Tu teme alguma coisa, não quer admitir
Que essa insegurança que tu sente
É uma projeção da mente
Um espelho social do nosso ser
Que busca harmonia em pesos diferentes
Que tenta achar a luz procurando no escuro
Ah meu bem, é tão fácil ser parte do problema
É só nascer que te cadastram no sistema
No sistema
No sistema
Ah meu bem, é tão fácil ser parte do problema
É só nascer que te cadastram no sistema
No sistema
No sistema