Os músculos cansados, os pés fatigados
E ainda não sabem bem pra onde ir
As máscaras caíram, as roupas rasgaram
O dia das bruxas se recusa a partir
A visão embaçada já está acostumada
A seguir o caminho que apontam pra ti
E por essa estrada, que nunca dá em nada
A previsível massa vai encontrar seu fim
O silêncio que precede os gritos ecoa
A mão que benzeu é a que amaldiçoa
A vida de quem se recusa a questionar
São belos sorrisos, mas não verdadeiros
Carregam a culpa de um mundo inteiro
Exalam o medo que só os culpados podem suportar
Feche os olhos e procure dentro de você o que precisar
Pegue um livro e desligue um pouco essa tv
Que só quer te alienar
Pensa um pouco e entenda o que eu quero dizer: São todas iguais
Enganam, mentem e tiram todo o seu dinheiro de você
Até não dar mais
E já não tens paz
Já nem tenta mais
E já nem quer mais
Ser mais um na multidão.