Zumbi,
Ajuricaba.
Irmãos da mesma cor.
- Não mede o homem a pele,
Mais, sim, a mesma dor.
Heróis da mesma guerra,
Frutos da mesma flor.
Coaraci, Oxalá, Quilombola,
Ganga Zumba, Tupã, Caipora...
Palmares pulsa nos ares de arco, flecha, cocares, entre florestas, sertões e mares.
Manaus balança palmeiras, num jogo de capoeira, num afoxé a canção guerreira.
Rufam atabaques, tambores, maracás, bongores no céu se espalham.
Negros com pintas de guerra, tacapes e flechas, índios de navalha.
O sangue pululando às veias,
Senzalas e aldeias, tudo é um canto só.
Coaraci, Oxalá, Quilombola,
Ganga Zumba, Tupã, Caipora.
Índios e negros, irmãos.
Manaus, Palmares, lição de vida, força e vontade, de amor à liberdade.
Lutar, quebrar as algemas, morrer assim vale a pena,
Que a vida é coisa pequena, ante a grandeza da prenda.
E um grito corta os ares,
Quilombo dos Manaus, tribo dos Palmares, vencer os homens maus
Tribo dos Palmares, Quilombos dos Manaus
Que um grito corta os ares
Quilombo dos Manaus, tribo dos Palmares, vencer os homens maus
Tribo dos Quilombos, Palmares dos Manaus