Na delicadeza dos pés de marina
Ela anda procurando algum olhar
Levanta bem cedo, nem arruma a cama
Bota a saia florida e sai pra dançar
Planta nesse jardim
Floresce pé de querubim
Semente pra chuva molhar
Água e sol pra descansar
Tanta gente levanta, põe o pé na terra
Marina é só dona do seu nariz
Sobe ladeira, sustenta corpo
Mas não calça a sandália como a mãe sempre diz
Marina tropeça, se apoia no chão
Cai entre as pedras e corta a mão
Ela seca entre os dedos só por precaução
Pula na mesma batida do seu coração
Dias pra não correr
Meses, unhas pra sobreviver
Anos, calos pra enfrentar
Tempo pra perder e pra ganhar
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