Eu não quero ver o seu rabisco embotado
Não sei quem eu sou nesse retrato mal-falado
Eu não quero ver essa pintura em preto e branco
Essa vista inútil e melódica de um canto.
Eu não quero ver. Não sei perceber. Não sou o artista que você prevê.
Eu não quero ser. Não como você. Não esse castigo em que você me vê.
Eu não vou dizer: Quero ser Chico ou Caetano
Eu não sei cantar Flor de Liz nem Oceano
Por isso eu vou cantar aquele rock que eu te fiz
E você vai gostar, porque é uma puta de um atriz.
Eu não quero ouvir. Não sei decidir. Dó, ré, mí, fá, sol, lá ou sí.
Não vou decidir. Não vou reagir. No silêncio e só, a morte há de vir.